quinta-feira, 11 de março de 2010

Comunicação, Corpo e Consumo


O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes - 1956 - Richard Hamilton

"O corpo como meio de expressão e comunicação. O indivíduo e sua inserção na cultura da mídia. Publicidade, imagem e moda. Arquétipos e estereótipos de corpos nos meios midiáticos. Corpo e propaganda. Ressignificação do corpo pela cultura e pelo consumo. Fronteiras entre o corpo erótico e o corpo pornográfico. Disciplinas e controles corporais. Espetacularização do cotidiano e o exercício das sexualidades."

O que esta ementa nos coloca enquanto desafio acadêmico? Pornografia não é o mais baixo lixo da cultura de massas, destinada apenas ao consumo privado? Viadagem? Futilidades...
Não. Não. Não

Se hoje podemos estudar gênero, sexualidade e comunicação entrelaçados em uma disciplina acadêmica, muito devemos às conquistas feministas e aos movimentos de liberação sexual que aumentaram os decibéis de suas vozes na década de sessenta. Daí pra frente movimentos que lutavam e lutam pela justiça erótica e livre vivência das orientações sexuais endossaram o canto.

O que proponho (olha que pretensão!) nessas aulas ( segunda-feira e ainda pela manhã, rs!) é suscitar debates à cerca das corporeidades contemporâneas e suas veiculações nos múltiplos tecidos que compõem as teias das mídias. E pra chegarmos até o chão, ao som da boquinha da garrafa e do créu, vamos historicizar esse corpo, partir de foucault pra encontrar com Carla Perez, tomar uma "devassa" com a Paris Hilton, e colher dicas de silicone em corpos masculinos com os gêmeos Flávio e Gustavo, etc.

A disciplina é dividida em cinco unidades que vão desde as concepções pré-biológica do corpo, caminhando em sua materialização e circunscrição social, visitando a quebra do binarismo de gênero referenciada na experiência transexual e travesti, aferventando a água das orientações sexuais e também considerando diferenças e semelhanças (muitas, muitas, muitas) entre erotismo e pornografia.
Questões que contemplaremos em nossos estudos flertam com à moda, publicidade, anorexia, obesidade, artes visuais e a colonização do interior corporal.

Este blog existe para a interação de todos nós que estamos nesse processo de aprendizado e semanalmente será atualizado por mim (vinicios) e por mais dois discentes que produzirão postagens relacionadas a esse amplo universo de corpo e comunicação. Mais que um registro perdido nesse infinito ciberespaço, é o vestígio dessa aventura e dessas/es aventureiras/os do primeiro semestre de 2010 na Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG.

Vinicios Kabral Ribeiro
Professor da disciplina




9 comentários:

  1. Não sei se todas nossas espectativas, sobre o tema, serão correspondidas no decorrer da disciplina. Mais espero poder contribuir (se possivel!! hehe) para essa discussão tão polêmica e ao mesmo tempo tão deliciosa...

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  2. Acho que todos nós precisamos de aulas divertidas como essas para falar de temas tão polêmicos e tão importantes. :*

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  3. Tenho gostado muito das discurssões da aula, acho válida essa matéria não só pelo curso, mas para a vida e assim evitar pré-conceitos e entender algumas bizarrices nos dias de hoje.

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  4. as aulas são muito interessantes e inovadoras,
    por tratarem de um tema tão polêmico de uma forma tão aberta e sem preconceitos. Dessa forma, esperamos aprender coisas novas, e principalmente, mudar nossa visão sobre os temas debatidos em sala.

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  5. Parabens pelo texto Vinicios, muito bem escrito.

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  6. Parabens pelo texto Vinicios, muito bem escrito.

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  7. Quem está faltando as aulas está realmente perdendo. As discussões são coerentes e pertinentes. Um bom comunicólogo precisa entender sobre uma diversidade de temas, e com certeza, sobre CORPO E CONSUMO.

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  8. Nada mais justo do que aprendermos a historicidade de hoje podermos estar discutindo essa diversidade de assuntos polêmicos em sala de aula! Como comunicólogos temos que estar aptos a discutir sobre qualquer assunto, opinando sobre estes e respeitando a opinião dos demais.

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