terça-feira, 4 de maio de 2010

Pink Flamingos

Assisti ao filme ‘Pink Flamingos’ e é sobre ele que venho postar. O primeiro longa metragem de John Waters conta a história de uma drag-queen, Divine, que possui o título de ‘pessoa mais podre do mundo’ juntamente com sua estranha família, posto esse que é bastante invejado. Pink Flamingos foi lançado em 1972 onde alcançou notável sucesso e tornou-se ícone do cinema bizarro contrariando tudo que estrelava nas telas do cinema naquela época. Formado por cenas fortes e até mesmo nojentas, o filme se tornou ícone da contra-cultura com um público, em sua maioria jovem e universitário, que considerava uma quebra de tabus abordar tão diretamente temas e cenas como drogas, sexo com animais, nudez frontal, dentre tantos outros.


Segundo as críticas, a fotografia, iluminação e edição são ainda muito rudimentar deixando a desejar muitas das vezes, não só pelo pouco recurso da época mas também pelo pouco recurso financeiro para a produção, mas já a trilha sonora faz juz ao apelido de contra-cultura com músicas de bandas ‘obscuras dos anos sessenta’.
Segundo o próprio autor, Waters, “Pink Flamingos é todo sobre maconha. Eu estava chapado quando escrevi o roteiro, os atores estavam chapados quando concordaram em participar, e basicamente todos os envolvidos com a produção do filme estavam chapados durante as filmagens.” Declaração que condiz com a conduta do diretor, que desde muito novo demonstrou fascínio e atração pelo bizarro, pela violência, e sobretudo pelos vilões. Não sendo considerado um garoto normal perante seus familiares.


       John Waters

Se você é fã de cinema underground americano, acredito que já assistiu a este clássico, mas se vocês não estão acostumados a este tipo de filme aconselho que mesmo assim assistam, pois com certeza ele vai além de tudo que nos é passado nas telas de cinemas desta década. E isso é ruim? Acredito, sinceramente, que não. 

Por Ludmilla Abdalla

7 comentários:

  1. Não assisti ao filme. Mas,imagino que eu não vá gostar.
    Como já disse em outros posts, arte pra mim é o que é bonito. Retrato da realidade deveria ser encaixado em outra categoria.

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  2. Acredito Angélica que então você não iria gostar mesmo, porque vai além de um retrato da realidade, acho que se encaixa mais em uma crítica da realidade através do bizarro. Apesar de não fazer muito o meu estilo também, acredito, porém, que seja arte.

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  3. Eu nunca assisti, mais parece bem interessante, vou procurar assistir. Eu adoro cinema underground americano, um dos meus diretores prediletos é o David Lynch.
    Acho que arte vai muito além do belo, isso porque ela representa a nós mesmos e a nossa percepção do mundo, e a não ser que você acredite que o ser humano só é feito de coisas belas, politicamente corretas e de "bom gosto" (todos esses padrões podem ruir facilmente diante dos nossos olhos com poucas críticas), pra admirar arte é preciso admirá-la em todas as suas facetas, sem medo e sem preconceito.

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  4. nao vi esse filme, mas fiquei curiosa. ele me lembrou de dois outros filmes que eu vi que são do mesmo estilo: Trainspotting, que é ÓTIMO, mas beeem chocante, do Danny Boyle (aliás, tudo dele é ótimo), e Mulholland Drive, do David Lynch, citado pelo Andrei ai em cima. confesso que eu dormi no Mulholland pq me perdi nos mil personagens da Naomi Watts.

    pra quem quiser, a dica de Trainspotting é legal, e tem o Ewan McGregor no começo da carreira, todo acabado como um cara viciado em heroína, BEEEEM antes do galã de Moulin Rouge! ele tbm estrela Cova Rasa, do Danny Boyle tbm.

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  5. deixa eu terminar de expressar meu amor pelo Boyle:

    ele tbm fez Por Uma Vida Menos Ordinária, também com o Ewan (Cova Rasa tbm tem ele!) A Praia, com o DiCaprio, Extermínio, com o Cilian Murphy, e Quem Quer Ser um Milionário, com o Dev Patel, a Freida Pinto, e o OSCAR. prontofalei.

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  6. O comentário da Bárbara é quase outro post. Confesso que fiquei mais interessada no filme que tem o Ewan McGregor do que Pink Flamingos, mas também fiquei curiosa. Vou assistir.

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  7. Eu acho que muitas vezes é mais válido assistir a alguma coisa diferente, mesmo que não aparente ser nosso estilo preferido, a perder duas horas de nossas vidas vendo um filme sem história, com pessimos atores e previsível acima de tudo.

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