segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dark Room

   "Nesse contexto, o tato é privilegiado. As palavras são comumente substituídas pela linguagem corporal: as coisas que se desejam dizer e fazer, explicitam-se mediante gestos, poses e localização dos corpos no espaço ". É essa uma das principais características do dark room, segundo María Elvira.
   A proposta para o blog não é falar do texto em si mas sim da opinião do grupo sobre esse tipo de prática. Sendo assim, podemos dizer que não há nenhuma pretensão de julgar. Trata-se apenas de opinião. O dark room é  muitas vezes desconhecido e quando sim, um espaço alvo de piadas. Mas, se refletirmos a fundo, como fez María Elvira, sobre os sentimentos e a profundidade das relações das quais ele é palco, perceberemos que ele é muito mais que um espaço de "pegação".
  Como nenhum dos integrantes do grupo frequenta esse espaço, não podemos dar um testemunho como o da autora do texto. Nossas opiniões são baseadas em conceitos e pré-conceitos. A impressão é de que trata-se de um lugar "sujo" e de que sempre seria melhor se essas práticas sexuais fossem realizadas de outra forma, em locais mais apropriados. No entanto é, muitas vezes, a única opção de seus frequentadores.
   Ainda mais se tratando de um público homossexual que, em vários casos, não é aceito  pela família e pela sociedade em geral. Além da maior dificuldade para encontrar um parceiro. Apesar da homossexualidade estar crescendo, a paquera dos gays é sempre mais "perigosa". Se um gay paquera um hétero, na dúvida pela opção sexual do outro, corre o risco até de apanhar. Sendo assim, o espaço das boates e, consequentemente, do dark room é mais "seguro" nesse caso.
   Uma questão é o fato de que os frequentadores desses locais estão, muitas vezes, bêbados ou drogados. O fato de o dark room abrir horas depois da boate já deixa isso implícito. A bebida e as drogas podem ser importantes na hora de encorajar seus usuários para a paquera. Mas, é preciso cuidado. Sob efeito desses dois, é mais fácil se esquecer da camisinha, por exemplo. Talvez esse seja um dos principais problemas reais desse lugar, deixando de lado os preconceitos.


(Andrey, Angélica, Taynara - Jornalismo)

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