sábado, 26 de junho de 2010

Percepção sobre as práticas sexuais realizadas no dark room

As práticas sexuais existente no ritual da escuridão e do silêncio exercido no dark room estudado por Benítez são a representação das práticas sexuais exercidas dentro de quatro paredes. Em um quarto os indivíduos envolvidos em uma relação sexual pouco ou nada tem a dizer, mas sim a fazer. Os gestos, toques são muito mais importantes e por isso dizem muito mais do que a fala propriamente dita, o que torna o texto de Benítez algo sem profundidade e relevância.
No dark room as palavras são deixadas de lado e substituídas por gestos e toques, um ritual de interação que privilegia o tato, o que deixa o ambiente cada vez mais misterioso e convidativo aos amantes do inusitado. Este espaço se torna intrigante a partir do momento em que se pensa: como ter relacionamentos (sexuais) com diversas pessoas sem nenhuma palavra? O ato de acariciar e deixar se acariciado é início de um “dialogo”, que inserido na linguagem corporal, é composto por gestos, toques e emoções que preenchem todo um campo de significados.
Confidencialidade, essa é chave para que o dark room seja procurado por aqueles que buscam prazer momentâneo. Os freqüentadores deste quarto estão a procura de novas sensações, sexo casual e acima de tudo fugindo de julgamentos, preconceitos e da criação vínculos. Movidos pelos gestos, estas pessoas estão inseridas em um ritual, o ritual do prazer, em que se posicionam, se movem e se arranjam em busca dele no meio de uma escuridão silênciosa.

Cristiane Rodrigues, Janaina Eleutério, Jean Pierre, Nathana Oliveira e Samantha de Paula

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