quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ensaio fotográfico: o corpo masculino dos strippers nas boates gays de Goiânia.

A partir dos textos discutidos em sala “O complexo de Adônis – a obsessão masculina pelo corpo” e alguns capítulos lidos do livro “Nu & Vestido”, nos chamou atenção esta busca incessante por um corpo considerado belo entre os homens. Preocupação esta, muitas vezes excessiva, vem desmistificar um antigo conceito que a sociedade ocidental divulgou durante muitas décadas: onde majoritariamente, nós, mulheres preocupamos e estamos insatisfeitas com o corpo.
Não é preciso de um estudo aprofundado para notar que nas academias, em especial goianas, eles malham todos os dias, tomam suplementos alimentares, controlam seus pesos, buscam comer de forma mais saudável e frequentam, incansavelmente, as rotinas de atividades oferecidas por elas.
Na década de 70 as casas noturnas começaram a exibir shows com homens que se despiam e hoje isto se tornou muito comum em boates gays. É um espetáculo repleto de braços musculosos, barrigas definidas, pernas visíveis, e danças sensuais que agradam aos olhos de quem assiste.
Através destas análises decidimos, então, que nosso ensaio fotográfico seria em casas noturnas gays da cidade de Goiânia, aonde haja shows de strip-tease, de preferência, para que possamos destacar e retratar esta busca incansável pelo corpo masculino perfeitamente musculoso e proporcional e sua aceitação. Nosso projeto visa fotos desses homens no palco durante o espetáculo, dando um recorte maior para os músculos definidos. Queremos um ensaio espontâneo, com iluminação local e que demonstrem aquele momento, já que poderá haver uma futura exposição de fotos, e não queremos expor quem são, mas como são, e nosso ponto de vista sobre o tema abordado.
O artigo de Wilton Garcia aborda a utilização do corpo na fotografia contemporânea. Através de teorias e ensaios fotográficos destaca a flexibilidade e o deslocamento que a imagem do corpo pode sofrer na fotografia.
Além de pesquisador, Garcia é artista visual e tem o corpo como mote do seu trabalho; porém, é no processo de criação que ele ganha subjetividade. Trabalhando com cores, filmes e câmeras específicas, ele nos revela produtos simbólicos e culturais no âmbito da arte.
E assim o autor nos faz pensar no corpo como produto da arte e sua subjetividade como crítica de flexilidade.
“Quando o corpo em cena se espetaculariza, basta atinar os relevos que abraçam as linhas e contornam dorsos, pernas, braços, lábios. Há uma mensagem que fica impregnada de subjetividade com a força imanente do corpo que dita o mundo, sobretudo hoje. Muito mais que criar a possibilidade de emanar erótica e desejo, o corpo torna-se a chave enigmática que suspende direcionamentos conceituais na fotografia.” (Wilton Garcia)


por Ludmilla Abdalla, Alexa Prates e Alice Maia.

3 comentários:

  1. Tõ adorando as propostas do ensaio...acho que dará uma ótima exposição ;) Ludmilla Abdalla.

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  2. As fotos do meu grupo ficaram ótimas.. todo mundo vai adorar!!!

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  3. gosto de ver me da tesão

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